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#TBT Geek: Samurai Jack

  • Taynah Freire
  • 7 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de jul. de 2022

Há muito tempo, em uma terra distante, eu, Abu, o grande mestre das trevas, libertei as terríveis forças do mal. Mas um simplório guerreiro samurai, empunhando uma espada mágica, opôs-se a mim. Antes do combate final, eu abri um portal no tempo, e o lancei no futuro, onde o mal é lei. Agora o tolo busca retornar ao passado, e destruir o futuro, que é... Abu!



É dessa forma que somos introduzidos ao universo de Samurai Jack, criação de Genndy Tartakovsky, que também assina As Meninas Superpoderosas e Titã Simbiônico. No primeiro episódio, acompanhamos um príncipe no Japão feudal, cujo reino é atacado por Abu, o grande antagonista da produção. Logo após a investida demoníaca, o jovem é enviado por seu pai a fim de treinar todas as artes da guerra possíveis, ao redor do mundo, com o objetivo de derrotar Abu. Agora, homem feito, recebe uma espada mágica (forjada por Odin, o deus egípcio Rá e Vishnu) e quase derrota o Cramunhão, mas, o Tinhoso abre um portal para o futuro e lança o guerreiro nele.


Nesse futuro retrô, alguns personagens nomeam o princípe de Jack, e ele adota a alcunha. Somos introduzidos à diversas novas espécies de criaturas, trazidas à Terra por Abu. Robôs, animais falantes, deuses e monstros, que habitam os mais diferentes cenários.

Uma qualidade peculiar de Samurai Jack é sua versatilidade, com cada episódio sendo único. Mérito de seu diretor, que soube passear entre a fantasia, ficção científica, episódios mudos e até comédia.



A ideia de Samurai Jack surgiu na cabeça de Tartakovsky quando o mesmo se indagou sobre a ausência de boas animações de ação. Ele se inspirou em Akira Kurosawa para a obra, além de ter utilizado vários elementos de Ronin, HQ de Frank Miller, de 1983. Miller nunca teve nenhuma rusga por Genndy por conta disso. Sua aparência por muitas vezes é comparada ao pai das Meninas Superpoderosas, Prof. Utônio. A razão disso é que em ambas, Craig McCracken é o desenhista, uma forma de homenagem ao amado desenho. A música tema é particularmente inesquecível, criada por Will.I.Am, do Black Eyed Peas, que conta em poucos minutos a história de Jack.


Ao longo de 4 temporadas, acompanhamos o samurai em sua busca por vingança, e seu desejo em retornar ao tempo natalício. Encerrado em 2004, causou estranheza entre sua audiência, que nunca abandonou o barco e graças à internet, manteve o personagem vivo. Outro motivo para tal feito é seu número de premiações: 4 Emmys, 6 Annie Awards e 1 Ottawa International Animation Festival.

Finalmente, em 2017, pela Adult Swim, a quinta e última temporada ganhou vida, com 10 episódios. Infelizmente, nessa temporada os brasileiros não puderam aproveitar a dublagem encabeçada por Guilherme Briggs e Mauro Ramos.



Com um filme, uma série de HQs, participações em jogos e um jogo próprio em 2020, a obra se estabeleceu como uma animação aclamada, tanto pela galera que assistiu na época de sua estreia (tipo, eu) quanto a nova geração. Com referências à Alice no País das Maravilhas, Star Wars, Hanna Barbera e Studio Ghibli, Samurai Jack é um prato cheio para todos os públicos.




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