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Back to the Past: Valente

  • Taynah Freire
  • 14 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Uma ruiva, arco e flecha, numa Europa medieval, lutando com ursos, andando a cavalo, sendo livre. Série? Não. Foi a aposta da Disney/Pixar em atualizar a imagem de suas princesas, que com o passar dos anos, foi se tornando fantasiosa demais. Hoje vamos fazer um remember de Valente, animação que completa 10 anos em 2022.



A obra, situada na Escócia antiga, mostra Merida, primogênita do Clã Dunbroch, e sua valentia (trocadalho do barilho) em subverter as condições impostas à ela, devido ao berço nobre e a preocupação de sua mãe em manter a nobreza entre os nobres. Aulas e mais aulas, etiqueta, tudo para garantir que Merida seja uma princesa à altura. E ela, acha tudo um verdadeiro porre. Afinal, pra quê tudo isso? Servir aos outros? E o que ela quer? Não conta?


Contrariando sua mãe, Merida se torna uma arqueira, graças a um presente dado por seu pai, em seu aniversário de 6 anos, o que a rainha contraria, já que uma princesa não deve possuir armas. Agora, com 16 anos, nossa princesa descobre que sua mão será oferecida em um torneio, a fim de reafirmar a aliança entre clãs que outrora foram rivais. Interpretando as regras à seu modo, Merida se anuncia como primogênita do próprio clã e luta por sua mão, em uma competição de arco e flecha. Brigando com sua mãe após o ocorrido, a princesa ruma à floresta, onde encontra uma trilha de fogos-fátuos.



Um assunto recorrente em Valente, além da família, é a magia. Com referências à cultura celta, a magia existe nos recônditos da floresta. Também há a magia que existe dentro de nós, nos guiando para o bem ou para o mal. Unindo ou destruindo. A lenda de Mor’du permeia todo o filme, e é usada como exemplo de como o orgulho e a desobediência não acabam bem. A trilha de fogos-fátuos leva à uma bruxa, que dá um bolinho mágico à Merida, que queria mudar seu destino. A história vai se desenrolando daí, e mostra como tudo está interligado, e como o micro pode afetar o macro.


Os críticos consideraram a animação madura, comparada à outras obras Pixar. A protagonista é dublada pela atriz escocesa Kelly MacDonald, o que rende piadas entre as princesas em WiFi Ralph: Quebrando a Internet, já que ninguém entende o que ela fala.

Merida lucrou US$540 milhões aos cofres da Disney, é a primeira princesa que não tem interesse romântico, e a única Pixar inclusa no lineup de princesas Disney em seus parques. Foram necessários 15 níveis de amplitude e frequência para criar a cabeleira cor de fogo da Merida. Outra curiosidade sobre a obra é que o dialeto falado pelo primogênito MacGuffin é real, chamado dórico. A ideia de incluir a língua veio do ator Kevin McKidd, que é escocês e conviveu com seu avô fluente em dórico. O ator dubla pai e filho MacGuffin.



Com fantasia e realidade se misturando, e um novo olhar ao mundo encantado da realeza. Uma animação divertida que entrete crianças e adultos, mostrando que ser valente é ser livre, e que um amor entre mãe e filha é mais importante do que qualquer outra relação no mundo.





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