Games Clássicos: Sonic The Hedgehog 2

Como a autora que vos escreve não é boba, vamos unir o útil ao agradável e falar de Sonic. Sim, o ouriço retorna às telonas (o que nos leva a pensar que a pandemia foi tempo o suficiente para lançar dois filmes do Sonic), e aproveitando a deixa, vamos falar sobre o jogo homônimo.

Sonic The Hedgehog 2 é a sequência de Sonic The Hedgehog, que já tem texto aqui, desenvolvido e lançado pela Sega para o Mega Drive em 1992. Nele, ganhamos um novo personagem, Miles “Tails” Powler, possibilitando assim o multiplayer. A dupla deve combater o maligno Dr. Eggman/Dr. Robotinik, que roubou as Esmeraldas do Caos para alimentar sua estação espacial, o Death Egg. (Qualquer semelhança com a Estrela da Morte, é mera coincidência).

O jogo foi gerado através da parceria entre o Sonic Team e o recém nascido Sega Technical Institute, no Japão. Yuji Naka, o programador e líder do projeto, tinha grandes aspirações para essa empreitada: viagens no tempo, com dezoito fases, sendo doze inéditas. Devido ao espaço limitado do cartucho, e o prazo de entrega do jogo, a viagem temporal caiu e as fases foram reduzidas à 11. Iniciamos com a Emerald Hill Zone, que tem ares de Green Hill, remetendo à fase inicial do primeiro jogo, que nessa nova versão conta com dois atos, ao invés de três. Seguimos para a Chemical Plant Zone, uma área química industrial, que conta com a temida parte da água, onde caso o Sonic não seja rápido, depois de uma contagem regressiva infernal (que causa nervoso nessa autora até hoje) o bicho morre afogado. Sério, essa contagem me atinge..

Graças a esse jogo, algumas constâncias foram estabelecidas na vindoura franquia. Fases que se assemelham/sejam como Green Hill Zone, Chemical Hill e fases de cassino, devido à ótima recepção de Casino Night Zone. Metropolis Zone é a única fase a ter três atos, Sky Chase é a única fase que não tem chefe e a ideia de Death Egg Zone era de fases completas, mas devido ao tempo de produção, foram aproveitados os final bosses.

Se Sonic The Hedgehog ameaçou o reinado da Nintendo com seu encanador italiano, o segundo game conseguiu rivalizar com ele de igual para igual. O game recebeu elogios pelas melhorias gráficas e design de fases, vendendo incríveis 6 milhões de unidades, se tornando o segundo jogo mais vendido da Sega, perdendo apenas para seu antecessor.

Uma diferença entre as versões americana e japonesa era o nome do vilão. Nas terras nipônicas, Eggman é o nome do bigodudo, já na terra do Tio Sam devido à Guerra Fria, o némesis de Sonic se chama Ivo Robotnik. Posteriormente, a diferença cessou.

Nascido já como um clássico, estabelecendo parâmetros para o futuro, criando lendas e melhorando o que era bom, além de trazer referência à cultura pop, como Star Wars e Dragon Ball Z, Sonic 2 é um grato presente aos fãs da franquia e à toda uma geração, e mesmo sendo um trintão, continua em ótima forma. Atualmente o game é multiplataforma e está disponível na versão mobile, que contém surpresas aos jogadores. Vale muito a pena para quem é familiarizado ao jogo e conhece sua história.

Por: Taynah Freire