#TBT Games: Mortal Kombat (1992)
- Taynah Freire
- 15 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
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Em 1992, aproveitando a Era de Ouro dos jogos de luta, a Midway Studios apostou em um novo titulo do gênero, trazendo uma nova abordagem para a porradaria. Com uma história considerada adulta, e uma mitologia interessante, Mortal Kombat chegou para realizar os sonhos de Ed Boon e John Tobias. E para se tornar uma das franquias mais amadas da história dos games.

O game trás uma história iniciada antes do primeiro título, em que o universo tem várias dimensões regidas pelos Deuses Ancestrais. Os mais relevantes para o jogador são o Earthrealm ou Terra, Netherrealm, uma versão do Inferno, Outworld, que conquista outros reinos e Edenia, uma espécie de Paraíso. A meta do Outworld é dominar a Terra, e para colocar ordem nas coisas, os Deuses estabeleceram a regra do Mortal Kombat: a dimensão que ganhar por dez torneios seguidos ganha o direito de dominar o reino derrotado. O primeiro jogo mostra o MK sendo travado na Terra, e sete campeões travam a batalha pela humanidade. Os lutadores terrenos contam com a ajuda de Raiden, o Deus do Trovão, para derrotar o feiticeiro Shang Tsung e seus asseclas.
Sendo lançado primeiro nos arcades, por questão de performance e rentabilidade, a revista RePlay ranqueou o game como 2ª cabine mais popular em setembro de 1992 nos Estados Unidos. O jogo lucrou mais de 300 milhões de dólares em 1993 nos arcades, superando a bilheteria de sucesso daquele ano, Jurassic Park. Depois da publicação para os consoles da época, o jogo vendeu mais de 3 milhões de cópias pelo mundo nas primeiras 6 semanas de lançamento.

MK era um sucesso de vendas, tanto no fliperama quanto em consoles domésticos. Porém, a polêmica envolvendo sua proposta adulta/sanguinolenta, causou rebuliço entre as autoridades e os pais. Senadores dos EUA promoveram audiências para coletar depoimentos sobre a violência dos videogames, tendo como alguns títulos citados o próprio Mortal Kombat e Doom. O resultado das audiências forçou ao mercado dos games implementar uma forma de classificação etária nos produtos, ou sofreriam intervenções do governo federal. Assim, nasceu a Entertainment Software Rating Board (ESRB), que define tais escolhas.
Usando filmagens reais para criar a movimentação dos personagens no jogo, Boom e Tobias elevaram o gênero de luta a um novo patamar, onde a fantasia se encontra com golpes fatais e muito sangue. Mesmo depois de 20 jogos, filmes, animações e HQs, a franquia se mantém viva até os dias de hoje, deixando claro que descer a porrada em alguém nunca sai de moda.
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