Games Clássicos: Streets of Rage
- Taynah Freire
- 24 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de mar. de 2022
O gênero do game que vamos falar hoje nasceu nos anos 1980, na época em que os arcades começavam a surgir como forma de entretenimento. Entre os mais famosos temos o Renegade, que estabeleceu características do gênero que são seguidas até hoje, Altered Beast, The Revenge of Shinobi, Double Dragon, e nosso tema de hoje, Streets of Rage, de 1991.

O game é, como o nome sugere, a fúria das ruas, ou as ruas em fúria. Nele, acompanhamos três ex-policiais, Axel, Blaze e Adam, junto com um vilão genial, Mr. X. Disponível para Mega Drive, Master System e Game Gear, da Sega, o jogo foi o único da vindoura franquia em que um ataque especial derrota todos os inimigos que não são chefes da tela.
Algo que é lembrado até os dias de hoje, além do visual e de ter mais de um final, o que era incomum para esse nicho, é sua trilha sonora, e o milagre que Yuzo Koshiro conseguiu fazer, considerando as limitações da época. A revista Nintendo Power se rendeu ao compositor da empresa rival e publicou: "Koshiro construiu uma base de fãs fiéis por criar algumas das mais memoráveis músicas de jogos eletrônicos nos anos 80 e 90″. O mesmo trabalhou futuramente em ActRaiser e Shenmue, um clássico dos RPG.

Com 3 jogos publicados, sendo o último em 1994, a franquia da Sega se manteve viva através de coletâneas lançadas para as novas gerações, mas sempre houve o clamor dos fãs por mais jogos. Houveram algumas tentativas por parte da Sega, mas nada foi realmente em frente. Os fãs criaram sozinhos Streets of Rage Remake, que era considerado uma sequência direta do terceiro game, mas os desenvolvedores sofreram perseguições da empresa japonesa, que, posteriormente, optaram por não tirar o site da obra do ar.
Em 2020, Lizardcube e Guard Crush Games, em conjunto com a DotEmu e Sega Games, trouxeram ao mundo o tão aguardado Streets of Rage 4. Mas será que o gênero funciona para essa geração? Sim, funciona, e muito bem. O jogo se passa 10 anos após o 3o ato, com os personagens recorrentes Axel Stone, Blaze Fielding e Adam Hunter, com adições de Cherry, a filha de Adam, e um humano aprimorado geneticamente, Floyd Iraia. O plot continua o mesmo, a gangue lutando contra mercenários e corruptos em Wood Oak City, com a trilha sonora sendo assinada novamente por Yuzo Koshiro, mas, ao invés do pixel art, vemos um design gráfico desenhado à mão, muito mais fluido e bonito.
Com notas que várias entre 80 e 86 no Metacritic, críticos concordaram que a nova roupagem do game foi bem sucedida, trazendo uma experiência divertida para os jogadores, seja solo ou no multiplayer, tal qual seu antecessor em 1991. Comer comida da rua sem morrer de salmonela, descer o soco em todo mundo, com uma trilha sonora bacana, me parece um jogo ideal para os dias hoje.
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