Back to the Past: Shrek
- Taynah Freire
- 10 de mar. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de mar. de 2022
Em 2001, a DreamWorks Animations surpreendeu o mundo ao lançar o filme de um ogro verde e mal humorado. Sim, um ogro, criatura mitológica geralmente encontrada em campanhas de RPG, histórias medievais, coisas do gênero.
Não contente com o protagonista inusitado, a história se desenrola tirando sarro de tudo o que envolve animações e contos de fadas. Isso mostra um pouco da história do próprio estúdio, já que a DreamWorks nasceu quando Steven Spielberg, David Geffen e o ex-executivo da Disney Jeffrey Katzenberg se juntaram, depois de Katzenberg brigar com o chefe da Disney, Michael Eisner, que foi retratado em Shrek como o Lorde Farquaad.

No filme, vemos Shrek sendo obrigado a lutar pela seu pântano, ocupado por personagens de contos de fada e fábulas, como o Pinóquio, Os Três Porquinhos, Branca de Neve e os Sete Anões. Tendo como parceiro o infame Burro falante, ele se dirige à terra de Duloc, domínios do Lorde Farquaad, que expulsou os personagens das histórias infantis do reino, fazendo uma verdadeira caça às bruxas. Através do Espelho Mágico, Farquaad escolhe uma princesa para se casar e virar rei, e, como a natureza não lhe favoreceu, está disposto a arriscar a vida de outros para resgatar Fiona, que se encontra no quarto mais alto da torre mais alta, guardada por um dragão terrível.
Com vozes como Mike Myers, Cameron Diaz, Eddie Murphy, com destaque ao último, que foi indicado ao BAFTA de melhor ator coadjuvante por sua atuação como Burro, e devido ao sucesso, Shrek ganhou uma estrela na Calçada da Fama em 2010. No Brasil, o ogro foi dublado por Bussunda nos dois primeiros filmes, o que aproximou ainda mais o público brasileiro ao longa.

Todo mundo já conhece esse filme né? E o porque ele é tão conhecido e amado? Pois ele é para todas as idades, faz chacota de todo um gênero (e de um estúdio estabelecido nesse gênero), trazendo um frescor e novidade onde achavam que não eram possível. Em uma animação Disney/Pixar, nos anos 2000, não caberia mostrar uma princesa guerreira e com uma grande personalidade, piadas de duplo sentido e referências à cultura pop americana, como o programa The Dating Game, o filme Matrix, e animações como Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela e a Fera, e Peter Pan.
Na bilheteria mundial, o primeiro longa da série faturou US$484,4 milhões, e foi a primeira animação a receber o Oscar de melhor filme de animação, e na mesma cerimônia, concorreu à melhor roteiro adaptado, já que a obra é vagamente inspirada em livros infantis de William Steig.

Uma curiosidade interessante é que o significado do nome de Shrek é a romanização da palavra ídiche (שרעק), que tem correspondente alemão "Schreck"/"Shreck", que significa "susto" ou "medo". Faz sentido, tendo em vista o hobby do verdão em assustar os humanos que se aproximavam. Mas, mesmo com esse nome, a história em seu decorrer mostra que ele é mais do que um ser assustador, e que quer ser mais que isso. Bom saber que os ogros têm camadas não é?
20 anos após seu lançamento, Shrek é um filme que, particularmente, na visão dessa autora, nunca envelhece, ou perde a graça, sendo o típico longa de juntar todo mundo na sala, estourar uma pipoca e se divertir. Hey now, you're an All Star...
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