Back to the Past: O Predador
- Taynah Freire
- 3 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de mar. de 2022
Com um título sucinto e um poster que não revelava muito, O Predador foi lançado ao público em 1987, dirigido por John McTiernan e protagonizado por Arnold Schwarzenegger. Sim, temos dose dupla dele hoje. Com a testosterona escorrendo da tela, vamos descobrir o porque desse filme ser um clássico, independente dos gêneros nele presentes.

Um grupo de elite de soldados americanos foram deslocados à uma selva na América Central para uma missão de resgate. Temos como líder do esquadrão o major Alan "Dutch" Schaefer, que estranha a situação, mas vai em socorro de seu amigo, o coronel George Dillion, interpretado por Carl Weathers. O cumprimentos dos dois no começo do filme rende memes até hoje, devido ao tamanhos dos bíceps de ambos. Durante o desenrolar da história, vemos que o resgate é impossível, tendo em mente a situação em que se encontram, e que a equipe de caçadores na verdade, são a caça. Mas caçados por quem? Ou pelo o quê?
Esse é um dos trunfos do filme, pois sabemos que existe a ameaça, afinal o nome da obra indica isso, mas, não sabemos qual sua natureza, motivação. O suspense contribui para a construção do "vilão", já que por boa parte do longa, não temos contato visual com o tal predador. A equipe vai diminuindo, o temor vai aumentando, e o roteiro habilmente vai pincelando dicas (por muitas vezes, bem explícitas) sobre o quão perigoso é o todo.

Finalmente, sabemos com o que estamos lidando: um caçador intergaláctico, que procura adversários dignos, e que de tempos em tempos, visita planetas em nome do "esporte". Um ser extremamente habilidoso e bem equipado, com visão infravermelha e camuflagem adaptável, tornando-o invisível, ele se mostra um adversário formidável. Mas, ele não contava com toda a musculatura e resiliência de Dutch, que chega a afundar na lama para ganhar vantagem contra o bichão. Só temos o visual do Predador como conhecemos hoje graças à Stan Wilson, que recebeu algumas dicas de James Cameron, que sugeriu as mandíbulas do monstro, uma de suas características mais marcantes.

O terceiro ato do filme é o ponto alto, mostrando a tensão que é quando caça e caçador se encontram, e se encaram, ansiosos e tensos de adrenalina, esperando um único movimento para a batalha começar. Com críticas mistas em seu lançamento, o longa faturou US$59 milhões de bilheteria, ganhando o status de cult com o passar dos anos, graças à estrela do filme. Sendo indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais, O Predador é uma grande obra de ação e figurinha carimbada na cultura pop mundial, estando presentes em outros filmes e videogames, ilustrando com maestria que às vezes, os humanos não são protagonistas de tudo.
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